Livro: A Sombra da Serpente
Autor (a): Rick Riordan
Páginas: 352
Editora: Intrínseca
Nota: 



Atenção! Esta resenha contém pequenos spoilers de O Trono de Fogo e A Pirâmide Vermelha. Se você não conhece/leu a série e não gosta de saber sobre nada que possa estragar a história, leia a(s) resenha(s) anteriore(s).



Sinopse: Sadie e Carter são importantes descendentes da Casa da Vida, uma sociedade secreta de magia estabelecida no Egito ainda no tempo dos faraós. Os irmãos sabem que sua herança ancestral lhes reserva um importante papel: seus poderes são fundamentais para a restauração do Maat, a ordem do universo. Mas, uma vez instalado, o Caos é imprevisível, incalculável e incontrolável, e agora que Apófis está livre, os Kane têm somente três dias para evitar que a serpente destrua o planeta. Como se isso não bastasse, a sorte deles parece só piorar.

Os magos estão divididos. Alguns deuses egípcios estão enfraquecendo e, um a um, começam a desaparecer. Walt, um dos mais talentosos combatentes da Casa do Brooklyn, foi amaldiçoado, e sua energia vital está se esvaindo. Zia agora é responsável por Rá, o deus sol, que está completamente senil e não será de grande ajuda. Sadie e Carter, ao lado de alguns jovens magos e uns poucos aprendizes, são os únicos dispostos a enfrentar a serpente e salvar o mundo.





Resenha: E finalmente (bem, não tão finalmente assim) chegamos ao último livro da trilogia As Crônicas dos Kane, onde os irmãos Sadie e Carter Kane tem a missão de salvar o mundo da serpente do Caos, Apófis, que se reergueu e quer cumprir a profecia de engolir o deus Sol, Rá, despertado para salvar a todos, mas que acabou se tornando apenas mais um fardo nas costas dos irmãos e de todos que ainda lutam pela Casa da Vida.
 O livro inicia da maneira típica: Carter e Sadie viajam em uma missão com alguns de seus inciados, na tentativa de recuperar a última escritura existente que pode ajudá-los a salvar o mundo agora que a tentativa de despertar Rá, apesar de ter sido um sucesso em tese, acabou sendo um fracasso em prática, já que o deus Sol não sabe fazer nada além de dormir durante o dia, e divagar sobre coisas sem sentido durante a noite, enquanto faz sua "patrulha" pelo Duat sob proteção de outros deuses que se dispuseram a ajudar os magos que ainda estão lutando pela Casa da Vida. Sim, agora restam poucos nomos que estão do lado dos irmãos Kane e seu tio, Amós, que se tornou o Sacerdote-Leitor Chefe (o mago mais poderoso do mundo e responsável por governar a Casa da Vida enquanto o novo Faraó não se ergue), após a morte de Desjardins, então Sacerdote-Leitor Chefe, que se sacrificou para tentar conter a Serpente, mas que acabou apenas atrasando-a.
 Com a morte de Desjardins, muitos rebeldes que trabalhavam para Vlad Menshikov se uniram e divulgaram para todos os cantos do mundo que o novo Sacerdote-Leitor chefe e os irmãos Kane estavam trabalhando com Apófis, e que eles haviam matado Desjardins. 
 Aí é que a confusão ficou feia mesmo.
 Mesmo com poucos recursos, Sadie e Carter continuaram lutando para salvar o papiro que poderia ajudá-los a execrar a sombra da Serpente.
 Aí você deve estar se perguntando: o que significa execrar? Bom, eu explico.
 Na cultura Egípcia, acredita-se que a alma possui 5 partes: o Ba, que é a personalidade; o Ib: o coração; o Ka, que é a força vital; o Ren: a identidade (e eu não to falando do RG não, viu); e o Sheut, a sombra.
 Carter e Sadie partem em uma missão que dura 95% do livro em busca do Sheut de Apófis, para que eles possam execrar, ou seja, matar/destruir, esta parte da alma da Serpente, e então, bani-la do mundo humano para sempre. Mas não pense que por durar mais da metade do livro, essa missão não rende boas aventuras, muito pelo contrário, posso dizer com certeza que esse livro é o melhor dos três, o que às vezes não acontece com algumas trilogias/séries, mas com essa, aconteceu. Rick conseguiu mostrar uma evolução muito clara dos personagens, e ao ler esse livro, parece que se passaram anos se comparar com o primeiro livro e como Sadie e Carter eram no início. Ambos estão muito mais poderosos, confiantes e experientes; mas continuam tendo uma péssima sorte quando se diz respeito à conseguir completar uma missão sem quase morrer no processo. Para eles, isso é ruim, para nós leitores, é ótimo.
 Como nos livros anteriores, nesse não faltou momentos hilários; o deus sol Rá foi um dos personagens que mais me fizeram rir, já que como ele estava bem caduco da cabeça, só falava coisas sem sentido e nas horas mais impróprias, e isso ficou bem evidente na história.
 Como nos outros livros, as viagens de Sadie e Carter continuam muito variadas, e além de variarem em continentes, também variam em diversas camadas do Duat, o reino mágico que coexiste com o mundo humano.

 Eu sempre fico triste quando termino uma trilogia/série/saga, porque fico morrendo de saudades dos personagens, das piadas, das conversas... Enfim; com certeza vou ficar com muitas saudades das piadas fora de hora do Carter e da Sadie, dos momentos embaraçosos que ambos passam com suas paixonites: Carter é apaixonado pela Zia, e a Sadie tem um coração estranhamente dividido entre Walt Stone, o garoto da Casa do Brooklyn que tem uma maldição mortal correndo em suas veias; e o deus da morte, Anúbis. E até isso o Rick conseguiu "concertar" no final, mas vocês só vão saber se lerem o livro, hahahah. 
 No final, tudo acabou como eu queria, e até coisas que eu nem esperava aconteceram, o que só fez tudo ficar ainda mais perfeito.
 Adorei conhecer essa trilogia, com certeza vou guardar esse personagens comigo pra sempre.
 Respirem bastante antes de ler esse livro, porque a história e o final são de tirar o fôlego! ❤

Espero que vocês tenham gostado da resenha e que leiam essa trilogia, pois vale à pena.
Beijos e até a próxima!