Resenha: A Pirâmide Vermelha - Rick Riordan

9:28 PM

A Pirâmide VermelhaLivro: A Pirâmide Vermelha
Autor (a): Rick Riordan
Páginas: 445
Editora: Intrínseca
Nota: 






 Sinopse (via skoob): Desde a morte de sua mãe, Carter e Sadie viveram perto de estranhos. Enquanto Sadie viveu com os avós, em Londres, seu irmão viajava pelo mundo com seu pai, o egiptólogo brilhante, Dr. Julius Kane.
Uma noite, o Dr. Kane traz os irmãos juntos para uma experiência de “pesquisa” no Museu Britânico, onde ele espera para acertar as coisas para sua família. Ao contrário, ele liberta o deus egípcio Set, que o tranca em uma tumba e força os irmãos a fugir para salvar suas vidas.

Logo, Sadie e Carter descobrem que os deuses do Egito estão acordando e, o pior deles – Set – tem a sua visão sobre o Kane. Para detê-lo, os irmãos embarcam em uma perigosa viagem em todo o mundo – uma busca que traz cada vez mais perto a verdade sobre sua família e seus vínculos com uma ordem secreta que existiu desde o tempo dos faraós.



Resenha: Sabe quando você lê um livro só porque o autor é o mesmo de outra série/livro que você gosta, e você acaba lendo um livro novo só porque tem o nome dele na capa? Foi o que aconteceu com A Pirâmide Vermelha. Eu já conhecia As Crônicas dos Kane, mas só porque era do Rick, e eu li porque já conhecia o estilo de escrita dele dos livros do Percy. Mas a surpresa de ler esse livro foi muito boa. 
 A Pirâmide Vermelha é o primeiro livro da série As Crônicas dos Kane, e conta a história dos irmãos Carter e Sadie Kane, que mal se conhecem, mas terão que conviver e trabalhar juntos para descobrir os segredos que sua família guarda desde os tempos do Egito antigo.
 Após a morte de sua esposa, o Dr. Julius Kane decide voltar a trabalhar viajando pelo mundo, mas como não pode levar seus dois filhos, decide levar apenas Carter, que é o mais velho. Sadie vai para Londres viver com seus avós maternos, e os irmãos acabam tornando-se estranhos conforme o tempo passa. Carter leva uma vida agitada, viajando de um país para outro com seu pai, portando-se quase como um adulto, e às vezes, fugindo de pessoas e encrencas que "repentinamente" acontecem do nada e obrigam seu pai e ele a sempre irem embora mais cedo. Sadie leva uma vida muito mais normal, tem suas amigas na escola e uma casa fixa, onde não precisa deixar a mala pronta para partir a cada momento; porém, Sadie mal vê seu pai, e isso lhe causa uma falta que nem ela mesma quer admitir para si, mas podemos notar no decorrer do livro.
 Mas quando o Dr. Julius e Carter vão para Londres afim de ver Sadie mais uma vez, antes do feriado de natal, algo estranho acontece: uma explosão, a pedra de Roseta, um dos mais famosos artefatos do Egito Antigo é destruído pelo pai de Carter e Sadie, e um homem vermelho é libertado e o prende em uma tumba.
 Com a ajuda de Amós, irmão do Dr. Kane, Bastet, uma deusa/mulher/gato, um crocodilo, alguns deuses egípcios poderosos e um babuíno, os irmãos descobrirão uma sociedade secreta - possivelmente a mais antiga - que abriga magos com poderes incríveis. A Casa da Vida não confia nos irmãos Kane, e há um motivo genético muito váido para isso. Juntos, Sadie e Carter vivem muitas aventuras por várias cidades do mundo em busca das respostas que precisam para salvar seu pai, - além de fugir das garras do que querem vê-los morrer - e se sobrar um tempo, talvez salvar o mundo das garras do terrível e poderoso deus do caos que fugiu e aprisionou seu pai: Set.
 Eu sempre gostei de histórias sobre mitologia, mas desde pequena, sou apaixonada pelo povo do Egito Antigo; então, claro que eu quis ler esse livro o quanto antes. Mas, como eu disse antes, o que mais influenciou minha vontade de ler foi a escrita do Rick. 
 A escrita dele não se altera em nada, até por quê, os personagens tem a mesma faixa etária dos livros do Percy. Sadie tem 12 anos e Carter tem 14, mas a gente quase esquece disso quando está lendo, por que eles enfrentam tanta coisa, e tantos momentos cheios de ação, que às vezes eu os via com uns 17 anos cada, mas aí vinha uma piada ou algum diálogo ou pensamento com humor, e eu me lembrava novamente a idade que eles tinham. Não que isso seja ruim, porque eu ri em muitas partes e acho que as piadinhas e brincadeiras deixavam a leitura mais leve e interessante; como os apelidos e nomes que Sadie ou Carter davam para alguns seres que eles não conheciam, como: "homem galinha" "papagaio" entre muitos outros.
 Outro ponto que me agradou foi a alternância entre a narração do livro, que é contado como uma espécie de gravação. Eu particularmente prefiro histórias em primeira pessoa e apoio TOTAL E INCONDICIONALMENTE livros com a narração em primeira pessoa de mais de um personagem; eu não sei, mas parece que tudo fica mais interessante com os pensamentos que se passam na cabeça do personagem principal sendo narrados, e a alternância de dois em dois capítulo que houve no livro abria espaço para novas informações que às vezes Carter via e a Sadie não estava presente, ou vice-versa. Adorei isso!
 Acho que o único ponto que não me impressionou muito no final foi a batalha entre os irmãos e Set. Porque no livro todo, só o que se falava era o quanto beirava o impossível derrotar o "tão poderoso deus do caos", mas quando realmente chegou na hora, me pareceu tão fácil de derrotá-lo que eu quase acreditei que o final não seria grande coisa. Quase. 
 Fora isso, acho que o livro superou minhas expectativas. Não fiquei com aquele sentimento de que faltavam partes sem resposta, o que até seria compreensível, já que esse é o primeiro livro de uma série, mas não. Claro, houve coisas que ficaram para trás, pois eram as mais importantes e que dão a possibilidade de continuar com a história; mas as pequenas lacunas foram preenchidas, e algumas coisas que eu nem esperava que fossem respondidas acabaram sendo, e eu gostei. Acho até que o final foi realmente a melhor parte (sim, mesmo com a parte da batalha "fraca") e digo mais: até as notas do autor no final me agradaram, porque deram um toque de realidade bem grande.
 Acho que não tem como não se apaixonar pelos irmãos Kane, muito menos não rir com as pequenas discussões no meio das narrações. Mas houve alguns personagens secundários que me agradaram, como o deus Hórus, Zia (que tem um papel super importante no livro), Anúbis e Khufu, o babuíno que ama basquete, é super fã dos Lakers e só come coisas com "o" no final. hahahaha 
 Não achei nenhum erro ortográfico durante a leitura, e apenas dois erros de diagramação, mas não afetaram em nada na história. 
 Super recomendo o livro para todos que já leram PJO e claro, para os que não conhecem o estilo de escrita do Rick, acho que é uma ótima série para se começar. Não há restrição de idade, por isso, leiam e indiquem para todos!

 É isso gente, deixem seus comentários e sugestões que eu com certeza responderei. Beijos!

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